Como se diferencia “música boa” de “música ruim”? 3 modos bastante usados.

Você já deve ter escutado rádios que se apresentam como aquelas que tocam “só as melhores” ou “só música de qualidade”.

Já deve ter ouvido pessoas dizerem que o “povão” só gosta do “que não presta” e que é só colocar uma música de 4 acordes com umas dançarinas seminuas e que eles compram qualquer coisa.

Já deve ter ouvido que “música boa” é o que se fazia antigamente e que os jovens de hoje não sabem apreciar “os clássicos” e, ainda por cima, ouvem “qualquer porcaria” que a “indústria cultural” empurra pra eles.

O tempo todo vemos pessoas falando sobre música como se fosse possível colocar todas as músicas do planeta em um ranking de quais são as “melhores” e as “piores” e como se esse ranking não mudasse de pessoa pra pessoa nem de um país para outro. Será possível mesmo?

E, se for possível, de onde foi que saíram esses critérios pra classificar “músicas boas” de “músicas ruins”? Foi Deus quem decidiu? É um simples “fato da natureza” que só alguns “escolhidos” conseguem decifrar?

Seja qual for a sua resposta, o que é possível dizer é que essa separação entre música “boa” e “ruim” não tem nenhuma base científica. Já faz um bom tempo que o campo da Música praticamente não usa mais seu tempo nessa tentativa de usar uma régua única pra medir de Bon Jovi a Strauss, de Sepultura a Tonico e Tinoco e do K-pop à música pop da Nigéria.

O que é possível fazer de forma científica é estudar como é que as pessoas diferenciam o que elas chamam de música “boa” ou “ruim”. Vê a diferença? Uma coisa é querer definir pra todo o planeta o que é música boa ou ruim (independente do que as pessoas acham sobre isso) e outra bem diferente é querer entender como as pessoas usam essas palavras pra falar de música e no que elas se baseiam pra classificar músicas dessa forma. E, claro, o raciocínio que um rapper e um rockeiro fazem pra diferenciar músicas “boas” de “ruins é diferente.

Cada “tribo” tem sua própria trilha sonora e a música é uma parte bem importante daquilo que eles compartilham pra se identificar como um grupo unido. Cada “tribo” tem sua forma definir o que é a música que merece ser escutada, assim como, geralmente tem também sua forma de definir que roupas merecem ser usadas, que bebidas consumidas quando se encontram ou que vocabulário devem usar ao falar uns com os outros. E, pra isso, não existem leis escritas te obrigando a agir de tal forma pra fazer parte daquela “tribo”, mas é algo que, com o convívio, você vai aprendendo a identificar.

Esse texto é sobre algumas das formas mais comuns usadas pelas pessoas de diversos grupos sociais (“tribos”) pra julgar o valor de uma música ou de um gênero musical. Sim, cada grupo tem seus critérios pra fazer isso, mas existem alguns que aparecem com mais frequência que outros e, por isso, acabam ajudando a construir uma “ideia geral” sobre como a nossa sociedade valoriza ou desvaloriza músicas.

Música boa é complexa?

Você já deve ter ouvido pessoas dizendo que tal música é muito “pobre”, que não é “sofisticada” ou que é uma música com “só três acordes”. A ideia de que, quanto mais “complexa” é uma música, mais “elaborada” ela é e, portanto, “melhor” ela é, é bastante comum na nossa sociedade. Não foi sempre assim e, na prática, essa é uma ideia bastante recente na história da música.

A enorme maioria do tempo em que o ser humano ocupa esse planetinha, a música era algo comunitário. Não havia a separação entre “músicos” e “plateia”, como temos hoje. Tocar, cantar, dançar era tudo uma grande forma de fazer música juntos, seja lá qual fosse a ocasião (festas, funerais ou só por diversão).

E, claro, se você quer que um grande número de pessoas se envolvam com música, é preciso que essa música tenha um nível “ideal” de dificuldade: não pode nem ser simples demais a ponto de não demandar algum nível de esforço e concentração pra fazer música juntos (o que acabará perdendo a graça rápido pela falta de desafio) e nem pode ser algo difícil demais de entender, cantar, tocar ou dançar ao ponto de as pessoas concluírem que “nunca vou conseguir fazer isso” e, simplesmente, desistirem de tentar.

Para muitos, música boa mesmo é quando aquele que tá tocando corre sério risco de acabar como os dedos do Pernalonga tocando Liszt ou algo parecido acontecendo no cérebro de quem não tá entendendo nada da música

A ideia de que a música fica melhor conforme vai ficando mais “complexa” e menos possível de ser tocada por aqueles que não são “músicos profissionais” ou quem “tem talento pra música”, vem de uma época após a Revolução Francesa (1789-1799), quando os reinos estavam sendo rapidamente substituídos por repúblicas com presidentes eleitos, principalmente na Europa.

Os músicos que trabalhavam nessas cortes (o posto mais valorizado para um músico) se viram cada vez mais sem o pagamento garantido por trabalhar nos palácios de reis, príncipes, condes, barões e até padres e bispos e cada vez mais envolvidos em um livre mercado de músicos concorrendo por um público pagante em seus concertos.

E, na disputa acirrada por prestígio e público entre as centenas de músicos concorrendo entre si, houve um esforço em deixar cada vez maior a distância entre quem era músico “profissional” ou com “alta formação” e os amadores e, claro, entre músicos e o público “não músico”. Na prática, a dificuldade funcionava com uma espécie de “reserva de mercado”. A concorrência continuava, claro, mas, o número de concorrentes ia diminuindo conforme vai se tornando mais comum a ideia de que chamar uma música de  complexa é um elogio e conforme os “não músicos” vão se acostumando com a ideia de que música é algo pra assistir sem participar (tocando, cantando ou dançando).

Na prática, a ideia de que música boa é música complexa precisou ser inventada e propagandeada entre as pessoas pra ser aceita porque essa ideia não tem nada de lógica. Você conseguiria citar algum outro campo da sua vida onde você escolhe coisas porque são mais complexas? Lembra de ter perguntado para alguém por que é que ele fez tal caminho para ir pra casa e não outro e ela respondeu que prefere aquele caminho porque é mais complexo? Já viu alguém escolher um bolo entre vários em uma padaria porque aquele bolo é mais complexo?

Claro que não. Você escolhe um bolo porque ele é mais “gostoso” ou porque te lembra o que você comia na infância, mas não porque é mais “complexo”. Você escolhe um caminho pra ir pra casa porque ele é mais curto ou menos congestionado ou porque ele é mais bonito, mas não porque é mais complexo.

Não conheço nenhum outro ramo que valorize tanto o complexo que não seja a arte (e a arte vinda da Europa cristã, pra ser mais exato). Nós fazemos escolhas que vão nos fazer sentir bem ou que nos ajudam a fazer algo (tipo escolher uma playlist pra dormir ou pra correr ou as tradicionais canções de trabalho).  Não somos “caçadores de complexidade” por natureza procurando as músicas mais difíceis de se entender e tocar pra preencher uma lista das “melhores”.

Por isso, dizer que uma música é melhor porque não é “pobre” como outras ou porque é complexa, é, de certa forma, uma forma socialmente aceita de dizer “a minha música é melhor que a sua”. E, dizer que a minha música é melhor não é a mesma coisa que dizer “eu gosto mais desse tipo de música”.

Dizer que uma música é melhor é uma tentativa de tirar a conversa sobre música do campo pessoal (eu gosto dessa, você pode gostar de outra) e colocar ela no campo geral (“eu gosto dessa música porque ela tem tudo o que faz uma música boa, independente do que eu ou você achamos dela, e é uma pena que você não tenha inteligência ou talento pra reconhecer o que há de melhor”).

Música boa é a da minha geração

Sempre há um conflito geracional entre os mais velhos que têm saudade dos “bons tempos” e os mais jovens que acham que os bons tempos são os de agora. E, nesse cabo de guerra pra saber qual tempo é melhor, se deixa de perceber o quanto as coisas se repetem de uma geração pra outra.

Por exemplo, se você pegar a música popular dos EUA no século passado vai ver uma constante troca de cantor-galã por várias gerações. O que Frank Sinatra foi pra geração de 1930 e 1940, Elvis Presley foi pra geração de 1950, os Beatles foram pra geração de 1960 e a lista segue até os Back Street Boys (1990) e Justin Bieber (2010).

Em qualquer momento dessa história há um cantor considerado bonito que deixa a maior parte das jovens meninas enlouquecida por usa música e por sua imagem por ele e a maior parte dos jovens meninos divididos entre quem questiona a qualidade de suas músicas, quem questiona sua sexualidade (insinuando serem gays) e quem questiona as duas coisas (enlouquecidos de ciúme, pra resumir).

Esse é um padrão (entre outros) que se repete com bastante frequência e na qual mães, pais, filhos e filhas se revezam no papel de quem está ou não jovem demais para ir em um show sozinho (mesmo que “todos” os amigos tenham ido) e quem “não vê graça” na música de hoje (assim como seus pais não viam graça na música de sua juventude).

Paul McCartney dos Beatles cercados por jovens meninas enquanto homens observam com cara de quem comeu e não gostou. Qualquer cantor-galã de sucesso que você escolher vai ter uma foto parecida.

Na prática, isso é só mais um reflexo dos conflitos geracionais que conhecemos bem, quando as crianças passam a se tornar mais independentes dos seus pais e buscar sua própria personalidade. É comum que esse processo de descobrir quem somos envolva alguma dose de escolhas que contrariam aquelas que os pais fariam.

A popularização do rock’n roll nos anos 1950 é sempre um bom exemplo: jovens de classe média escolhendo andar pelas ruas de camiseta e calças jeans (que eram as roupas características de operários pobres naquela época), dançando com danças que exigiam muito do físico e cantando canções com letras que falavam de festas e curtição (e não as canções de amor da geração passada) não pegaram muito bem para a geração que cresceu ouvindo Frank Sinatra

O mesmo acontece hoje. Os rockeiros de hoje que se sentem incomodados de seus filhos não saberem apreciar a música de Led Zeppelin, Roling Stones e Nirvana, por exemplo, comumente usam o mesmo discurso de seus pais pra mostrar como desaprovam a música que seus filhos ouvem: dizem ser uma música “pobre” que não tem a “poesia” e a “sofisticação” da música de sua juventude, mas, nessa, esquecem que o rock foi tão maldito quanto hoje o funk é.

E isso não faz tanto tempo assim. O vídeo abaixo é de uma entrevista feita em 1983 na qual Caetano Veloso pergunta a Mick Jagger (o lendário vocalista dos Roling Stones) se ele considera que rock é música (esse trecho acontece por volta de 2 minutos e 30 segundos do vídeo).

https://www.youtube.com/watch?v=AqOc-Dg2Ci0

Caetano que sempre foi um dos músicos mais otimistas em relação a novos gêneros musicais (defendeu a guitarra elétrica na música brasileira quando isso era uma super polêmica e, nos últimos anos, cantou alguns funks em seus shows, só pra ficarmos em alguns exemplos recentes), não enlouqueceu pra fazer uma pergunta dessas.

Na década de 1980, perguntar se rock era ou não música era algo tão comum quanto foi a uns anos atrás perguntar se funk carioca é música. Hoje, essa pergunta nem faz sentido. Claro que rock é música! Mas 40 anos atrás, essa era uma pergunta “normal” que o Mick Jagger não estranhou e parecia ter uma resposta mais ou menos pronta.

E a resposta de Mick Jagger fala justamente de como isso muda com o tempo (e com as gerações) citando o exemplo do jazz sobre o qual muito se perguntou se era música ou não e, hoje, é uma música “respeitada”.

Então, jovens, preparem-se para se escandalizar com a música de seus filhos e filhas porque é bem provável que esse conflito vai se manter por um bom tempo.

Música boa é feita com instrumentos valorizados?

Uma outra forma de “agregar valor ao camarote” em música é o uso de instrumentos valorizados socialmente. Esse recurso foi muito usado e a era dos “acústicos MTV” explorou bem ele. Quem lembra do lançamento de especiais “Acústico MTV” de nomes como Titãs, Ira e Zeca Pagodinho, sabe que os repórteres repetiam a mesma pergunta com pequenas variações: “Diz pra gente, como é ver sua música tocada com violinos?”.

Cada um desses especiais tinha vários instrumentos diferentes daqueles que os músicos costumavam usar em suas gravações e shows, mas, no Acústico MTV, os repórteres pareciam surpresos com a entrada de conjuntos de cordas pra tocar um repertório já conhecido do público e as perguntas deixavam bem claro que havia uma estrela naquela junção de instrumentos: o violino.

Curiosamente, nem sempre os repórteres percebiam que, entre aqueles violinos, tinham também violas (mesmo formato do violino, mas um pouco maior) e violoncelos (mesmo formato do violino, mas bem maior e tocado entre as pernas do(a) instrumentista). Mas quem se importa? Os jornalistas queriam saber como era tocar com violinos porque sabiam que isso era “importante”, mas, na prática, não sabiam explicar bem o por quê.

Não é bem um quarteto de cordas porque, tradicionalmente, é formado por dois violinos, uma viola e um violoncelo (o quarteto da imagem tem um contrabaixo também). Alguém poderia chamar de CATeto de cordas, mas essa é uma piada que eu jamais faria porque é uma piada muito, muito ruim e minha fama de contador de piadas ruins já é grande o suficiente.

E esse é o “problema”: em geral, as pessoas sabem que existe um ar de “mais importante” ou “sofisticado” quando se faz música com um instrumento como o violino, mas raramente se sabe dizer a razão. E a razão pra isso é bem simples: o violino não tem nenhuma característica acústica super diferente dos demais, não tem um modo de produzir som que seja extraordinário, único organologicamente… não tem nada muito diferente, mas tem um enorme status social.

É um instrumento importante para a música de concerto europeia, foi tocado em todas as salas de concerto e palácios do mundo, o que não pode ser dito de qualquer instrumento, mas a sua diferença em relação aos demais é um certo sentimento coletivo de que algo importante acontece quando há um violino na sala.

Apesar de não ter tanta diferença assim em relação a outros instrumentos, bandas populares acompanhadas por violino são tratadas com frequência como um sinal de que, aqueles músicos e musicistas que tocavam com  pandeiros e guitarras, “subiram na vida” e que sua música vai se aproximando da “música dos grandes mestres” (o modelo de “música boa”).

E esse modo que a gente entende status social de um instrumento musical é bastante dependente do lugar que esse instrumento ocupa em uma orquestra de música clássica europeia. Diversos músicos buscaram melhorar o status dos seus instrumento dando um jeito de incluí-lo em algum contexto com orquestra.

O violão é um ótimo exemplo pra nós brasileiro. Um instrumento que, no início do século passado, era sinônimo de “vadiagem” e levou pessoas para a prisão simplesmente por andar com um violão pelas ruas ou por fazer serenatas sem autorização, hoje é bem aceito em qualquer sala de concerto do país, mas com muita luta!

Desde aquela época, o modo mais certeiro de melhorar o status de um instrumento era aproximando ele da música de concerto europeia, por volta da década de 1930 se via pelo mundo um esforço de parte dos violonistas de fazer essa aproximação. É dessa época os primeiros concertos para violão e orquestra (violão como solista), entre eles, um dos mais conhecidos, o concerto de Aranjuez (do compositor Joaquim Rodrigo) que você vê abaixo tendo como solista Paco de Lucia acompanhado pela Orquestra de Cadaqués sob a regência de Edmon Colomer.

Depois de muitas músicas escritas pra violão solo (e, claro, algumas adaptações da músicas de J. S. Bach para ser tocadas no violão), é que a ideia de “violão clássico” foi ficando mais difundida entre as pessoas como algo diferente do violão “popular” ou “vulgar”. E, então, o violão começa a entrar em espaços que antes não podia nem passar perto, como os conservatórios.

A criação do primeiro curso de violão em um conservatório brasileiro aconteceu (após 2 anos de muita insistência) em 1947 no Conservatório Dramático Musical de São Paulo, mas só foi ser reconhecido em 1960(!).

A mesma coisa aconteceu com a trompa de caça, com a percussão e com o trompete que, se aproximando da prática orquestral e sofrendo algumas modificações passaram a ganhar o direito de serem chamados de violão clássico, percussão clássica e trompa moderna.

Mais uma vez, estar do lado de instrumentos mais “nobres” como o violino, o piano e toda a orquestra “agrega valor” não só às pessoas, mas também aos instrumentos e à música como um todo. A chance de a música ser classificada como “música boa” quando perto de um violino será sempre maior por essa proximidade com a prática da música de concerto europeia.

Pra finalizar

A nossa ideia do que é música “boa” ou “ruim” não é feita só de sons, mas também e principalmente por quem produz o som e em que contexto. Por mais que a pessoa diga que está dando um “olhar técnico” para a música e analisando suas características pra chegar à conclusão se é uma música boa ou ruim, esses fatores estão, de alguma forma, presentes.

Esses e outros fatores não são determinantes para definir se você vai gostar de uma música ou não, mas aparecem com grande frequência “nas entrelinhas” quando pessoas falam sobre música. A gente encontra informações nas entrelinhas quando vê pessoas dizendo que tal música é muito “pobre”, que é uma moda passageira ou quando jornalistas tratam o violino fora da música de concerto como se fosse algo revolucionário (como quando a escola de samba São Clemente desfilou com um violino em 2012).

Em outras palavras, a briga sobre se uma música é boa ou ruim é mais uma forma de criar hierarquias entre grupos de pessoas, dessa vez com base na música que consomem, além de todas as outras formas de hierarquizar pessoas. Não é à toa que a “música ruim” raramente é produzida por pessoas das classes mais ricas e de maior status, ao passo que música ruim ou “pobre” praticamente só vem das camadas mais pobres e de menor status social. Coincidência demais pra ser só coincidência, não acha?

A história da música brasileira sempre teve nas camadas mais pobres o alvo das críticas musicais mais duras e dos questionamentos sobre “se isso é música” ou não. Em praticamente todos os períodos da nossa história (depois da abolição da escravatura, pelo menos), existe (ou existiu) um “som de preto, de favelado” que “quando toca, ninguém fica parado” e que a crítica (de pessoas de classe média e alta) questiona se merece ser chamada de música ou se tem que ser tratada como crime (maxixe, samba, rock, rap, axé, funk carioca, etc., etc., etc.). E todos esses gêneros musicais recebem as mesmas críticas: música “pobre”, “simples demais”, com danças “sensuais demais”, e “letras maliciosas demais”.

É por isso que eu vivo bem sem ter que classificar músicas entre boas e ruins. No fim das contas, diferenciar músicas entre “boas” e “ruins” não me faz falta e isso me permite ter uma relação mais equilibrada com aquilo que estudo. Se o professor de Química não precisa saber diferenciar moléculas boas de moléculas ruins, eu também não preciso diferenciar música boa de ruim. Isso me deixa mais aberto a novidades e menos suscetível a coisas como a ideia de complexidade, os conflitos geracionais e o “endeusamento de instrumentos”.

As coisas são como são e nem tudo precisa ser classificado como “bom” ou “ruim” e cada um de nós é um serzinho insignificante demais no universo pra achar que nossa classificação entre algo bom e ruim faz alguma diferença. As coisas são o que são porque há quem goste assim. E onde está o problema nisso?

Com certeza tem dias que eu me incomodo com o cara que tá ouvindo música no talo dentro do ônibus, mas, lá no fundo, eu preciso reconhecer que nós temos algo em comum porque ouvir a música que a gente gosta, que mexe com a gente a todo volume é bom demais e com fone não é a mesma coisa. No fim das contas, uma parte de mim tem é inveja de não poder ouvir a minha playlist no talo dentro do ônibus também, eu preciso admitir.

Pronto! Falei!

Assine gratuitamente

112 comentários em “Como se diferencia “música boa” de “música ruim”? 3 modos bastante usados.”

  1. May I simply just say what a relief to find a person that actually knows what they are discussing on the web.
    You certainly realize how to bring an issue to light and make it important.
    More and more people need to read this and understand this side
    of your story. I was surprised you’re not more popular given that you surely possess the gift.

  2. Hi! I realize this is sort of off-topic however I had to
    ask. Does operating a well-established blog such as yours require a massive
    amount work? I’m completely new to running a blog but I
    do write in my diary every day. I’d like to start a blog so I can share my own experience and thoughts online.

    Please let me know if you have any kind of ideas or tips for new aspiring blog owners.
    Appreciate it!

  3. My partner and I absolutely love your blog and find many of your post’s
    to be just what I’m looking for. Does one offer guest writers to
    write content in your case? I wouldn’t mind creating a post or elaborating on many of the subjects you write with regards to here.
    Again, awesome web log!

  4. Oh my goodness! Impressive article dude! Thanks, However I am having troubles
    with your RSS. I don’t know why I cannot subscribe to it.
    Is there anybody else getting similar RSS problems? Anyone who knows
    the solution can you kindly respond? Thanks!!

  5. I know this if off topic but I’m looking into starting my
    own blog and was curious what all is required to get setup?

    I’m assuming having a blog like yours would cost a pretty penny?
    I’m not very internet smart so I’m not 100% sure.
    Any recommendations or advice would be greatly appreciated.
    Thank you

  6. Today, I went to the beach front with my children. I
    found a sea shell and gave it to my 4 year old daughter and
    said “You can hear the ocean if you put this to your ear.” She put
    the shell to her ear and screamed. There was a hermit crab inside and it pinched her ear.
    She never wants to go back! LoL I know this is completely off topic but I had to tell someone!

  7. Does your blog have a contact page? I’m having a tough time locating it but, I’d like to shoot you an email.
    I’ve got some creative ideas for your blog you might
    be interested in hearing. Either way, great blog and I look forward to seeing
    it expand over time.

  8. I have been browsing online more than 3 hours these days, but I never discovered any attention-grabbing article like yours.
    It is pretty value sufficient for me. In my view, if all website
    owners and bloggers made just right content as you
    probably did, the net will probably be a lot more useful than ever before.

  9. I really like your blog.. very nice colors & theme.
    Did you design this website yourself or did you
    hire someone to do it for you? Plz respond as I’m
    looking to create my own blog and would like to know where u got this from.

    thanks a lot

  10. Hello There. I found your blog using msn. This is an extremely well written article.
    I’ll be sure to bookmark it and return to read more of your useful
    info. Thanks for the post. I will definitely return.

  11. Oh my goodness! Amazing article dude! Thank you so much, However I am having issues with your RSS.
    I don’t understand why I cannot subscribe to it. Is there anybody else having
    identical RSS problems? Anyone who knows the solution can you
    kindly respond? Thanx!!

  12. I’m impressed, I must say. Seldom do I encounter a blog that’s both educative and engaging,
    and without a doubt, you have hit the nail on the head. The problem is something that too few folks are
    speaking intelligently about. I’m very happy that I stumbled across this
    in my hunt for something regarding this.

  13. Link exchange is nothing else however it is simply placing the other
    person’s web site link on your page at appropriate place and other person will also do same for you.

  14. Hey this is somewhat of off topic but I was wanting
    to know if blogs use WYSIWYG editors or if you have to manually code
    with HTML. I’m starting a blog soon but have no coding experience so I wanted to get guidance
    from someone with experience. Any help would be greatly appreciated!

  15. Hello there! Would you mind if I share your blog with my twitter group?
    There’s a lot of people that I think would really appreciate
    your content. Please let me know. Many thanks

  16. I’m curious to find out what blog platform you are using?
    I’m having some minor security problems with my latest blog and
    I’d like to find something more secure. Do you have any solutions?

  17. Hello There. I found your weblog using msn. This is a very well written article.
    I’ll make sure to bookmark it and come back to learn more of your useful info.
    Thanks for the post. I will definitely return.

  18. Good day! I could have sworn I’ve been to this site before
    but after browsing through some of the post I realized it’s new to me.

    Nonetheless, I’m definitely happy I found it and I’ll be book-marking and
    checking back frequently!

  19. Hi there! This post could not be written any better! Reading this post reminds me of my good old room mate!
    He always kept talking about this. I will
    forward this write-up to him. Fairly certain he will have a good
    read. Thank you for sharing!

  20. Hello! This post couldn’t be written any better!
    Reading this post reminds me of my old room mate!
    He always kept talking about this. I will forward this article to him.
    Pretty sure he will have a good read. Thanks for sharing!

  21. Hey would you mind letting me know which webhost
    you’re working with? I’ve loaded your blog in 3 different internet browsers and I must say this blog loads a lot faster then most.
    Can you suggest a good web hosting provider at a honest
    price? Thanks, I appreciate it!

  22. Wow, wonderful blog structure! How long have you ever
    been running a blog for? you made blogging glance easy.
    The whole glance of your website is fantastic, as neatly as the content material!

  23. May I simply just say what a relief to discover somebody that really understands what they are discussing online.
    You actually understand how to bring an issue to light and make it important.
    More people must look at this and understand this side of your story.
    I was surprised that you’re not more popular since you surely possess the gift.

  24. Does your website have a contact page? I’m having problems locating
    it but, I’d like to send you an e-mail. I’ve got some ideas for your blog you might be
    interested in hearing. Either way, great site and I look forward
    to seeing it improve over time.

  25. I just couldn’t depart your website prior to suggesting that I really enjoyed the usual information a person provide
    in your guests? Is gonna be again regularly in order to check out
    new posts

  26. Hi! Do you know if they make any plugins to help with
    SEO? I’m trying to get my blog to rank for some targeted keywords but
    I’m not seeing very good success. If you know of any please
    share. Thank you!

  27. I do not even know how I stopped up right here, however
    I thought this publish was once good. I do not recognize who
    you are however certainly you’re going to a well-known blogger if you aren’t already.
    Cheers!

  28. Heya i am for the first time here. I found this board and I find It really
    helpful & it helped me out much. I hope to give one thing
    back and help others such as you aided me.

  29. What’s Going down i’m new to this, I stumbled upon this I
    have found It positively useful and it has aided me out
    loads. I’m hoping to give a contribution & help different users like its aided me.
    Good job.

  30. Hello There. I found your blog using msn. This is a really well written article.
    I will make sure to bookmark it and return to read more of your useful info.
    Thanks for the post. I will definitely return.

  31. Nice post. I learn something totally new and challenging on blogs I stumbleupon on a daily basis.
    It will always be exciting to read through content from other authors and practice a little something from other web sites.

  32. Incredible! This blog looks just like my old one! It’s on a
    entirely different subject but it has pretty much the same page layout and design. Excellent choice of colors!

  33. Very nice post. I just stumbled upon your blog and
    wished to say that I’ve truly enjoyed browsing your blog posts.
    In any case I’ll be subscribing to your feed and I hope you write again soon!

  34. Good way of describing, and nice paragraph to take information concerning my
    presentation subject, which i am going to present in institution of higher
    education.

  35. We are a group of volunteers and opening a new scheme in our community.
    Your web site offered us with valuable information to
    work on. You’ve done an impressive job and our entire community will be thankful to you.

  36. My spouse and I stumbled over here different web
    page and thought I may as well check things out.
    I like what I see so now i am following you.
    Look forward to going over your web page repeatedly.

  37. Hello there, just became aware of your blog through Google,
    and found that it’s truly informative. I am going to watch out for brussels.
    I will appreciate if you continue this in future.
    A lot of people will be benefited from your writing.
    Cheers!

  38. Hi! This is my first visit to your blog! We are a
    collection of volunteers and starting a new initiative in a community in the same niche.

    Your blog provided us beneficial information to work on. You have
    done a marvellous job!

  39. Thanks for one’s marvelous posting! I really enjoyed reading it, you are
    a great author. I will ensure that I bookmark your blog and definitely will
    come back from now on. I want to encourage
    continue your great work, have a nice holiday weekend!

  40. Howdy, i read your blog occasionally and i own a similar one and i was just
    wondering if you get a lot of spam remarks? If so how do you stop it, any plugin or anything you can advise?
    I get so much lately it’s driving me insane so any support is very much appreciated.

  41. Excellent article. Keep writing such kind of info on your blog.
    Im really impressed by it.
    Hey there, You’ve done a great job. I will certainly digg it and personally recommend to
    my friends. I’m sure they’ll be benefited from this web
    site.

  42. I’m not that much of a online reader to be honest but your blogs really nice, keep it up!
    I’ll go ahead and bookmark your site to come back in the future.
    Many thanks

  43. Nice post. I learn something totally new and challenging on websites
    I stumbleupon every day. It will always be helpful to
    read through content from other writers and practice a little something from other websites.

  44. Hey there! Do you know if they make any plugins to assist with SEO?
    I’m trying to get my blog to rank for some targeted keywords but I’m
    not seeing very good gains. If you know of any please share.
    Thanks!

  45. Do you have a spam problem on this site; I also am a blogger, and I was wanting to know your situation;
    many of us have created some nice practices and we are looking to exchange techniques with other folks, be sure to shoot me an e-mail if interested.

  46. I do believe all the ideas you’ve presented on your post.
    They’re very convincing and can certainly work.
    Still, the posts are very brief for starters. May you
    please prolong them a bit from subsequent time?
    Thanks for the post.

  47. Hi would you mind letting me know which hosting company you’re working with?
    I’ve loaded your blog in 3 different web browsers and I must say this blog loads a lot faster then most.
    Can you recommend a good hosting provider at a fair price?
    Thanks a lot, I appreciate it!

  48. Write more, thats all I have to say. Literally, it seems as though you
    relied on the video to make your point. You definitely
    know what youre talking about, why throw away your intelligence
    on just posting videos to your weblog when you could be giving us something enlightening to read?

  49. This design is wicked! You obviously know how to keep a reader amused.
    Between your wit and your videos, I was almost moved to start my own blog (well,
    almost…HaHa!) Great job. I really loved what you had to say, and more
    than that, how you presented it. Too cool!

Deixe um comentário